quinta-feira, 5 de novembro de 2015

REFLEXÕES - Dieta: Mudança de hábito

Atualmente, um dos maiores problemas enfrentados pela humanidade é a preocupação com a obesidade e/ou excesso de peso. 

A OMS (Organização Mundial de Saúde) aponta que em 2008 cerca de 1,6 bilhões de pessoas tinham  excesso de peso e 400 milhões já sofriam com a obesidade. Os números são preocupantes para 2015, a previsão é que os valores cheguem a 3,3 bilhões e 700 milhões. Há muitos fatores que corroboram para esse aumento de peso das pessoas: excesso no consumo de álcool, lanches substituindo refeições, falta de tempo para cozinhar, muitos produtos industrializados, muita praticidade e pouca nutrição.

Nem precisa ser doutor para entender porque engordamos, exceto para os casos em que há um problema de saúde que impeça ou dificulte o emagrecimento. Da mesma forma que não precisa ser doutor para saber que não existe dieta mágica para perder peso. Entretanto, é preciso procurar um profissional competente para traçar um plano alimentar para você. Cada caso é um caso. 

Comecei a ter problemas com peso depois dos 30. Demorei muito para descobrir distúrbio na tireóide também, o que dificulta o processo. Desde então venho "sofrendo" com essa necessidade de "adequação" aos padrões de beleza, também um mal da atualidade. 

Como a maioria que sofre com isso, já fiz dietas loucas por conta própria, já procurei endocrinologista (que receitou um monte de remédios malucos, tarja preta), já procurei nutricionista, já fiz reeducação alimentar, etc. Enfim, sempre emagreci, às vezes até demais (parecia cadavérica), e passados alguns meses, não conseguia sustentar, engordava tudo de novo ou o dobro. 

De todas as tentativas, a única que me fez permanecer mais tempo com o corpo "ideal" foi o tratamento com uma nutróloga que me ensinou a comer, ou seja, reeducação alimentar. Foi na época do casamento, perdi 18Kg em mais ou menos 4 meses. Quando surgi na igreja, apesar do nervosismo natural de noiva, era possível ouvir "olha como ela está magra!". Enfim, após o casório ainda consegui manter o corpo por aproximadamente 2anos, o que foi um recorde considerando meu histórico anterior de alguns meses. 

Depois comecei a abusar de novo, entrei naquele ciclo de "desculpas" da falta de tempo, do vou beber só hoje, vou comer esse doce só hoje e ... o resultado era evidente, engordei novamente.
E quando vieram os filhos, o corpo da gente já fica diferente, as preocupações são outras e a dieta acaba ficando para depois. Relaxei, admito.

O fato é que há uma preocupação com o peso ideal por questões obvias, as pessoas estão engordando demais e esse padrão trás consequencias para a saúde como um todo, refletindo até na alimentação das crianças que, seguindo o exemplo dos pais, também estão ficando obesas. 

Essa preocupação é legitima e nos leva a refletir sobre o que queremos para o futuro dos nossos filhos, até porque, a tendência é que as coisas fiquem cada vez mais práticas e o sedentarismo cada vez maior. Compreendo que isso seja um problema real, entretanto, não consigo aceitar que eu precise buscar um corpo de barbie (magrela demais) ou um corpo de fisioculturista (musculosa em excesso). Nada contra quem curti essas modalidades, só não concordo com a pressão que a mídia faz para seguirmos esse padrão "sequinha, barriga negativa, perna demais, bumbum na nuca, etc.", essas bobagens que vendem por aí e muita gente compra. 

Emagrecer para se sentir bem, para ter mais saúde, para ter uma melhor qualidade de vida, ok, mas entrar numa neura de "ter que emagrecer" porque o padrão de mulher "ideal" é esse, vamos combinar, é absurdo. 

Hoje estou, pelo menos, uns 20kg acima do padrão de modelo (tipo muito magra, cadavérica), e confesso que não estou preocupada em perder 20kg, mas de emagrecer o suficiente para me sentir bem e ter um pouco mais de condicionamento físico, já que venho sentindo cansaço incompatível com minha idade, ou seja, questão de saúde.

Meu marido também sofre com excesso de peso e decidimos fazer uma reeducação alimentar combinada com exercício físico. Estamos fazendo as coisas sem neurose, no nosso tempo, procurando o melhor para nossos filhos também. 

Ontem fiz um cone de folha de couve recheado com atum e cheiro verde que ficou muito bom. Tudo é uma questão de adaptação, mudança de hábito mesmo. Estou procurando receitas que incluam ingredientes que nós curtimos e que seja saudável. Óbvio que não há resultado positivo sem sacrifício. E tem alguma coisa na vida que seja muito fácil? Só as coisas que não prestam né. 

Então acho que é isso, as pessoas devem se preocupar com o peso sim por uma questão de saúde física ou mental (já que muita gente entra em depressão), mas nunca procurar dieta maluca, receita fácil para entrar num padrão imbecil que a mídia inventou.

O importante é ser feliz. 

BJS.







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