REFLEXÕES: Quando casar faz sentido.

Ninguém é capaz de nascer, viver e morrer sozinho. 

Já dizia Aristóteles (filósofo grego que nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estágira, e morreu em 322 a.C.), que “o homem é um animal social” argumentando que a união entre os homens é natural, porque o homem é um ser naturalmente carente, que necessita de coisas e de outras pessoas para alcançar a sua plenitude. O grande filósofo afirmou ainda que “as primeiras uniões entre pessoas, oriundas de uma necessidade natural, são aquelas entre seres incapazes de existir um sem o outro, ou seja, a união da mulher e do homem para perpetuação da espécie”.
(fonte: http://projetophronesis.com/2009/01/10/o-homem-e-um-animal-social-aristoteles)

 

Desde criança sentimos essa necessidade de fazer parte de um grupo. O ser humano tem uma tendência natural de procurar uma identificação com alguém ou alguma coisa, e está sempre buscando uma associação humana. Aí entra o grau de contato que se estabelece com cada grupo: mais íntimos (família, amigos, vizinhos, etc.), os não tão íntimos (trabalho, igrejas, etc.), os nada íntimos. Enfim, viver conforme as regras sociais, e de forma harmônica, exige do ser humano uma dose de sociabilidade, mesmo que hajam indivíduos que acreditem na possibilidade de viverem isolados do mundo.

Confesso que às vezes tenho vontade de ficar sozinha, mas não mergulhar nesse vazio e nunca mais voltar. É só um tempo que preciso me dar sem falar nem ouvir ninguém. Um dia só meu, em que eu possa: dançar como louca sozinha na sala sem ninguém me perguntando o motivo;

ouvir músicas dos anos 70, 80 , 90, sem ninguém me enchendo a paciência dizendo que isso é brega; assistir filmes “água com açúcar” sem ninguém pedindo para trocar de canal; não falar com ninguém no telefone, nem atender a porta, simplesmente porque não estou interessada em nenhum assunto que não seja eu mesma. No geral, pelo menos num dia do ano preciso fazer isso. É simples, realizável e me deixa relaxada. Só que não dá para fazer isso sempre porque senão a gente começa a viver num outro mundo, o que não é real, entra num vazio sem fim e aí começam as doenças, sejam físicas ou mentais, que sempre aparecem.

Mas não estou aqui para falar de viver sozinha, pelo contrário, estou aqui para falar de viver junto.

Graças a Deus meus pais tiveram 3 filhas. Não sei como seria viver sem ter irmãs (não tenho irmão). Desde que me entendo por gente, sempre fomos os cinco e nossa casa nunca foi silenciosa. Acho que isso reflete um pouco essa minha necessidade de querer estar sozinha às vezes, o que é natural.

Sempre fui tímida e, como consequência, sempre tive mais dificuldade de me socializar. Minha adolescência não foi fácil. Para nenhum adolescente é, mas quando se tem esse plus da dificuldade, aí fica mais difícil ainda. Sempre me achei o patinho feio e essa insegurança me afastava cada vez mais das pessoas. Até que eu decidi virar a regra do jogo e começar a enfrentar um pouco mais essa coisa da timidez, aí virei antipática. rsrs

Essa é a antipática. rsrsrrs

E acreditem, essa fama se perpetuou. Até hoje tem gente, que já me conhece, e diz: eu te achava insuportável. Como assim? Sou tão legal !!! rsrsr Sério, só tem dois tipos de pessoas que me acham insuportável: as que não me conhecem (e mudam de opinião quando verdadeiramente me conhecem) e as que eu realmente não faço a menor questão que entrem na minha vida (para essas até admito que sou intolerável mesmo). Paciência, nem Cristo agradou a todos, porque seria diferente comigo?!!?!

Enfim, escrevo à beça né !!! kkkk Se eu falasse tudo que escrevo, aí que ninguém me aguentaria mesmo. Pelo menos assim, lê quem quer.

Voltando à vaca fria, depois da negra fase adolescente, alguns tropeços na fase adulta, descobri que o amor não era história de filme ou novela. Óbvio que a coisa não é mágica. Você não olha para a pessoa, seus olhos brilham, seu coração palpita, suas pernas ficam trêmulas, blá blá blá. Isso realmente é ficção.

Amor é convivência, companheirismo, respeito, calmaria, tolerância, cuidado, leveza, etc. Não dá para escrever tudo, é mais fácil sentir. Não tem aquela intensidade insana da paixão, é o equilíbrio, é aquela plenitude que o Aristóteles disse que a gente busca.

É como se você olhasse para Deus e dissesse: Etapa cumprida, Senhor! Já encontrei o homem da minha vida. O que o Senhor nos reserva agora? Filhos? Felicidade? Tropeços? Desafios? Aguardando Sua vontade, Senhor !!

É claro que nem sempre é assim. Tem gente que se casa, vive alguns anos (às vezes meses) em plena felicidade e descobre que o amor perdeu a força, o magnetismo, o sentido. Nesse caso, não vale a pena insistir. É melhor terminar enquanto ainda há amor em forma de respeito, carinho, amizade. E se não tiver nem isso, provavelmente, nunca houve amor nessa relação. Aí, nem vale a pena olhar para trás. É adeus e bye.

Eu demorei, e demorei muuuiittoo para encontrar essa pessoa. Ôô como demorei!! Mas o casamento finalmente fez sentido para mim. Sabe quando você diz para você mesmo: com esse eu caso! E casei.

Não tenho palavras para descrever esse homem. Ele tem muitas qualidades e inúmeros defeitos. Eu também, óbvio. Ele faz coisas que me irritam, mas às vezes é tão previsível que acabo dando risada. E as manias??? Haja paciência !! Às vezes a gente briga, discute, fica sem se falar e depois volta a ficar de bem sem precisar dizer nada, só no toque, no olhar, ou acaba mencionando algum assunto e esquece a “briga”. Mas isso é casamento, esse é o pulo do gato. Não tem fórmula. Ninguém vive de amores o tempo todo. Menti quem diz isso.

A verdade é que a convivência consolida o amor ou acaba com um amor que nunca existiu. O meu relacionamento me dá a sensação de que nós nos transformamos numa coisa só, numa unidade familiar. É como se eu fosse um pouquinho dele e ele fosse um pouquinho meu. Digo “se” porque a gente sabe que ninguém é dono de ninguém. Apesar dele sempre me dizer que tem a minha escritura (na certidão acrescentei o sobrenome dele). Aliás, essa sim, foi uma grande estupidez.

Enfim, por mais que a gente tente viver com todas as facilidades e regalias que o mundo nos proporciona. Bebidas, comidas, festas, dinheiro, beleza, etc., sem Deus nada faz sentido. E estar ao lado da pessoa que se ama, com certeza é um pedacinho de Deus na sua vida.

Que todos os seres humanos sejam capazes de descobrir esse e outros pedacinhos de Deus em suas vidas, para que o mundo seja bem melhor para nossos filhos, netos, bisnetos, etc.

Essa é minha singela homenagem ao meu marido, já que estamos em vias de completar 3anos de um casamento feliz e 10anos (no final de 2012) de um relacionamento prazeroso . 

Te amo, meu Amor. Que Deus o conserve em minha vida por muitos e muitos anos !!! 

 

Aos meus leitores, prometo que o próximo tema sobre política será beeeem interessante.

Abraços e até a próxima!!!

VIAJANDO: Para descontrair - nas vitrines de Paris

Como estou em merecidas férias, curtindo um pouco do que o trabalho honesto pode proporcionar, aproveito a oportunidade para mostrar um pouco o que está rolando nas vitrines das ruas de Paris. Não entendo patavinas de moda. Tenho uma amiga que quase morre quando falo isso. rrsr Mas é verdade!!! No geral vou no pretinho básico, coloco um jeans, sapatilha, blusa folgadinha e pronto. Quem está fora das medidas "padrões" não tem como variar muito. Enfim, atendendo a pedidos, posto algumas vitrines de Paris, que já mostram a cara do verão parisiense. Por aqui está na moda calça colorida. Estão apostando também no amarelo, abusando nos acessórios e saltos altos. Seguem as fotos que me pediram. Espero que gostem!!

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VIAJANDO: Comendo em Paris

Certa vez perguntaram ao meu marido o que mais o havia impressionado em Paris e ele simplesmente respondeu: o Monoprix do Charles de Gaulle Etoile (bairro próximo ao Arco do Triunfo). É óbvio que há lugares lindos em Paris e ele gostou de muitos, mas o que o impressionou a princípio foi a diversidade e a praticidade de encontrar tudo num só lugar. Esse Monoprix é uma espécie de supermercado que tem de tudo que vocês possam imaginar. O primeiro andar tem roupa feminina, cosméticos, maquiagens, remédios, vinhos e massas. O segundo andar tem roupa masculina, de criança e produtos de higiene pessoal. No terceiro andar tem artigos para casa e papelaria. No subsolo ficam os frios, as cervejas, os alimentos, açougue, etc. Toda vez que vamos no Monoprix voltamos com alguma garrafa de vinho e/ou de cerveja para experimentar. 

Todos os dias nos fazemos a mesma pergunta: onde e o que vamos comer hoje? Essa dúvida é certa. Mas nunca temos dúvidas sobre o que iremos beber. Aliás, minto,  surge apenas uma: vinho ou cerveja? Quando decidimos comer em casa, partimos felizes para o Monoprix para comprar os ingredientes e minha irmã cozinhar. Quanto a isso também não temos a menor dúvida, ela sempre cozinha. Ela já nasceu com o sangue meio francês porque sempre mandou bem na cozinha, mesmo antes de vir para França. Agora já tem até curso do Chef Cordon Bleu (melhor escola de culinária da França). Não preciso nem dizer que nós comemos bem à beça aqui né. E emagrece como??!! 

Quando não queremos explorar minha irmã, partimos para rua sem destino e vamos caminhando até a fome chegar. Como tem Brasserie´s espalhadas por toda Paris, acabamos almoçando numa. Brasserie é um tipo de restaurante com um ambiente descontraído e às vezes requintado, que serve pratos simples e outras refeições mais elaboradas. Numa brasserie pode-se esperar ter um serviço profissional, cardápios impressos e expostos na calçada, que incluem o menu do dia e os preços (a refeição principal gira em torno  de 15 euros).  Gosto muito de uma Brasserie chamada Les Philosophes que fica num bairro chamado Marais. O preço não é tão em conta, mas a comida é gostosa. Meu cunhado disse que nem sempre a comida está boa, depende do prato que você pede. Mas sempre dou sorte lá.

Se a grana estiver curta, temos as opções de fast food. Tem McDonald´s em qualquer lugar do mundo e aqui não é diferente. Temos também as opções de baguetes com vários tipos de recheios. São sanduíches vendidos em "quiosques", que ficam estrategicamente próximos aos pontos turísticos. Dependendo do sanduíche você paga de 5 a 15 euros.

Quanto aos restaurantes dos grandes chefs franceses, ainda não tive a oportunidade de comer em nenhum. Os pratos nesses restaurantes podem custar de 50 a 600 euros, dependendo de quão famoso é o Chef de cozinha. Não tive coragem de ir num desses ainda. Comemos muito bem nas Brasserie´s e preferimos gastar nossas moedinhas numa Pâtisserie, por exemplo. Pode ser que a gente experimente, só para saber como é comer num lugar desses. As fotos abaixo são do restaurante do Chef Guy Savoy. É um dos restaurantes mais caros de Paris e fica na rua da minha irmã. Nós passamos sempre na calçada e não conseguimos ver nada por dentro. As fotos abaixo estavam no google, óbvio.

A pâtisserie é um tipo de padaria francesa especializada em bolos e doces. Na França, é um título legalmente regulamentado que só pode ser utilizada por padarias que empregam um maître pâtissier licenciado. Foi numa dessas que conheci a éclair, o macaron e outras delícias tipicamente francesas. De novo: emagrece como?

Não posso deixar de mencionar o O´Neill (um pub do Bairro Saint Germain - 20, Rue des Canettes, 75006 - Paris) que é sempre nossa primeira opção quando estamos afim de curtir a noite francesa tomando cervejas diversas e comendo Les flammekueches (é como se fosse uma pizza com massa fina e diversos recheios). Eu particularmente adoro uma cerveja chamada Tango (uma mistura de cerveja clara com xarope de groselha). 

Como nem sempre comemos na rua, na noite passada fomos no Monoprix, óbvio, compramos os vinhos, queijos e fizemos uma raclette em casa. O vinho que mais gostamos foi o Château de 2008. Os outros não eram ruins, mas preferimos o Château.

 

Espero que tenham gostado da minha visão gastronômica de Paris. Para quem não tem tanto dinheiro para gastar, essas são as opções disponíveis. Repito, na minha visão. 

Até a próxima !!!!