terça-feira, 19 de março de 2013

REFLEXÕES: Momentos da Minha Vida

Estou há muito tempo afastada do meu blog, primeiro por falta de tempo, depois, por falta de um assunto que me desse vontade de escrever. Fiquei 30 dias de férias e ainda assim não me senti inspirada a escrever nada. E hoje, de volta ao batente, me deu vontade de escrever algo sobre minha atual fase.

Acho que passo pelo momento mais importante da minha vida. Não sei se é correto dizer isso porque a vida é cheia de momentos felizes e outros não tão bons assim. Cada pedacinho da nossa vida é marcado com uma história que jamais esqueceremos. A infância, a adolescência, a fase adulta, a velhice ... enfim, nossa trajetória é sempre marcada com algum evento que sempre ficará gravado na lembrança.

Não sou mais nenhuma jovenzinha, tampouco uma senhora de evidente experiência, mas já vivi e passei por tantos momentos na minha vida que seria capaz de escrever um livro de umas 400 páginas começando agora. Acho que não seria nenhum best seller, mas arrancaria boas gargalhadas dos leitores. Óbvio que minha vida não é nenhuma comédia, na verdade está mais para dramalhão mexicano, só que tudo depende de como se conta a história, e prefiro passar por alguns pedaços da minha vida apenas rindo do que poderia ter sido diferente.

Não posso ser injusta com as pessoas que passaram pela minha vida ou mesmo com aquelas que ainda dividem o mesmo "palco" comigo, ignorando os momentos marcantes, engraçados, felizes e/ou tristes que passamos juntos. Mas acho difícil algum momento da minha vida ser tão especial quanto o que vivo agora.

Da infância lembro muito das diversas brincadeiras, festas, ensaios, artesanatos, danças ..., enfim, do tempo em que as crianças brincavam de pique-bandeira, queimado, bola de gude, pipa, gincana, etc. Morávamos num condomínio de classe média baixa, com 5 blocos e 32 apartamentos em cada bloco. Dá para ter uma ideia de quanta criança "descia" para brincar né. Momentos que ficarão marcados na minha lembrança.

Da adolescência só lembro de solidão e nostalgia. Sempre muito bobinha, timidazinha, uma romanticazinha perdida entre o faz de conta e o mundo real. Resultado, me afundei nos estudos. Isso sempre fui, a estudiosa. Nessa época da nossa vida a aceitação em panelinhas de aborrescentes é sempre muito importante e nunca fui muito habilidosa em camuflar minha essência para ser aceita num ou noutro grupinho. Por tudo isso posso afirmar que não foram momentos tão bons. Foi uma transição difícil, dolorosa e marcou de uma forma não muito positiva.

A fase adulta com pré-estreia na faculdade foi diferente porque a adolescente já tinha decidido que aprenderia a viver no mundo real. Já trabalhando, ganhando meu próprio dinheirinho, me sentia mais segura, menos caipira. Entretanto, minha essência sempre foi a mesma: timidazinha, romanticazinha, etc., só que dessa vez já tinha aquela habilidade que me faltou na adolescência: a de camuflar a verdade e conviver com a realidade. Foram momentos bons, tristes, estressantes, felizes, um misto de sentimentos e momentos que igualmente marcaram minha vida e ficarão guardados na lembrança.

Após a faculdade vieram as dúvidas: seguir ou não a carreira?, como começar?, o que fazer daqui para frente?, etc. Deixei o medo de lado, as dúvidas para trás e fui conduzinho meu trabalho (engenharia submarina), que nunca teve nada haver com a carreira da faculdade (direito). Acho que foi nessa decisão que bobiei. Era exatamente naquele momento pós-faculdade que eu devia ter abandonado o emprego e seguido com a carreira que havia escolhido. Mas o tempo passou e não adianta chorar o leite derramado. A verdade é que profissionalmente não me sinto realizada. Só que tenho maturidade pra conviver com isso com uma certa dignidade porque sei que consigo superar as adversidades e seguir em frente, sempre.

E se no lado profissional a coisa não andava e ainda não anda tão bem, no lado amoroso não posso me queixar. Naquele bololô de dúvidas do pós-faculdade, conheci aquele que vem a ser hoje uma das pessoas mais importantes da minha vida. E é por causa dele que hoje estou vivendo o momento mais feliz da minha vida. Nosso casamento foi um marco importantíssimo também. Irradiávamos alegria. Foi mágico. Só que não consegue superar nossa felicidade com a espera do nosso primeiro filho. Estamos radiantes, nossos poros exalam felicidade. Especialmente depois de tudo que passamos para chegar até aqui. O gostinho é ainda mais especial.

Como estamos falando de momentos, sinto muito aos coadjuvantes dos demais momentos da minha vida, mas esse supera qualquer um e estou ansiosa para sentir o meu filho nos meus braços. O nascimento dele, sem dúvida, será o dia mais feliz da minha vida.